quarta-feira, 28 de março de 2012

Dez princípios para um bom professor

Apresentamos um decálogo contendo princípios para a atividade docente de um bom professor do terceiro milênio, período marcado pela informação e pelo conhecimento tecnológico. O professor do século XXI é quele que, ale´me da competência, da habilidade interpessoal, do equilíbrio emocional, tem a consciência de que, mais importante do que o desenvolvimento cognitivo, é o desenvolvimento humano e que o respeito às diferenças está acima de toda pedagogia. A função de um bom professor do século XXI não é apenas a de ensinar, mas de levar seus alunos ao reino da contemplação do saber.Eis, então, os dez passos na direção de uma pedagogia do desenvolvimento humano: 1. Aprimorar o educando como pessoa humana. A nossa grande tarefa como professor ou educador não é a de instruir, mas a de educar nosso aluno como pessoa humana, como pessoa que vai trabalhar no mundo tecnológico, mas povoado de corações, de dores, incertezas e inquietações humanas; A escola não pode se limitar a educar pelo conhecimento destituído da compreensão do homem real, de carne e osso, de corpo e alma. De nada adianta o conhecimento bem ministrado em sala de aula,se, fora da escola, o aluno se torna um homem brutalizado, desumano e patrocinador de barbárie. Educamos pela vida como perspectiva de favorecer a felicidade a paz entre os homens. 2. Preparar o educando para o exercício da cidadania. Se de um lado, primordialmente, devemos ter como grande finalidade do nosso magistério o ministério de fazer o bem às pessoas, fazer o bem é preparar nosso aluno para o exercício exemplar e pleno da cidadania. O cidadão não começa quando os pais registram seus filhos no cartório nem quando os filhos, aos 18 anos, tiram sua carteira de identidade civil, a cidadania começa na escola, desde os primeiros anos da Educação Infantil, e se estende à Educação Superior, nas universidades; começa com o fim do medo de perguntar, de inquirir o professor, de cogitar outras possibilidades do fazer, enfim, quando o aluno aprende a fazer, a construir espaço de sua utopia e criar um clima de paz e bem-estar social, político e econômico no meio social. 3. Construir uma escola democrática. A gestão democrática é a palavra de ordem na administração das escolas. Os educadores que atuarão no novo milênio devem ter na gestão democrática um princípio de que não arredem pé, não abram mão. Quando mais a escola for democrática, mais transparente. Quando mais a escola é democrática,. menos erra, tem mais acerto e possibilidade de atender com equidade as demandas sociais. Quanto mais exercitarmos a gestão democrática nas escolar, mais nos preparamos para a gestão da sociedade política e civil organizada. Aqui, pois, reside uma possibilidade concreta: chegar à universidade e concluir um curso de Educação Superior e estar preparado para tarefas de gestão no Governo do Estado, nas prefeituras municipais e nos órgãos governamentais. Quem exercita a democracia em pequenas unidades escolares constrói um espaço próprio e competente para assumir responsabilidades maiores na estrutura do Estado. Portanto, quem chega à universidade não deve nunca descartar a possibilidade de inserção no meio político e de poder exercitar a melhor política do mundo, a democracia. 4. Qualificar o educando para progredir no mundo do trabalho. Por mais que a escolar qualifique seus recursos humanos, por mais que adquira o melhor do mundo tecnológico, por mais que atualize suas ações pedagógicas, ela sempre estará marcando passo diante das novas transformações cibernéticas, mas a escola, através de seus professores, poderá qualificar o educando para aprender a progredir no mundo do trabalho, o que equivale a dizer a oferecer instrumentos para dar respostas não acabadas( porque a vida é um processo inacabado) às novas demandas sociais, sem medo de perdas, sem medo de mudar, sem medo de qualificar, sem medo do novo, principalmente o novo que vem nas novas ocupações e empregabilidade. 5. Fortalecer a solidariedade humana. É papel da escola favorecer a solidariedade, mas não a solidariedade de ocasião, que nasce de uma catástrofe, mas do laço recíproco cotidiano de amor entre as pessoas. A solidariedade que cabe à escola ensinar é a solidariedade que não nasce apenas das perdas materiais, mas que chega como adesão às causas maiores da vida, principalmente as referentes à existência humana. Enfim, é na solidariedade que a escola pode desenvolver, no aluno-cidadão, o sentido de sua adesão às causas do ser e seu apego à vida de todos os seres vivos, aos interesses da coletividade e às responsabilidades de uma sociedade a todo instante transformada e desafiada pela modernidade. 6. Fortalecer a tolerância recíproca. Um dos mais importantes princípios de quem ensina e trabalha com crianças, jovens e adultos é o da tolerância, sem o qual todo magistério perde o sentido de ministério, de adesão aos processos de formação do educando.A tolerância começa na aceitação, sem reserva, das diferenças humanas, expressas na cor, no cheiro, no falar e no jeito de ser de cada educando. Só a tolerância é capaz de fazer o educador admitir modos de pensar, de agir e de sentir diferentes dos de um indivíduo ou de determinados grupos políticos ou religiosos. 7. Continua...

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