sábado, 24 de março de 2012

Artigo Científico


DOCENCIA: DESAFIOS ENTRE A PRÁTICA E A TEORIA
DESAFIOS DA MATEMATICA ENVOLVENDO RECICLAGEM E OUTRAS CIENCIAS
EDIVAN ROBERTO DE OLIVEIRA BATISTA
Graduando em Matemática pela Faculdade de Tecnologia e Ciências FTC – EaD; Administrador de Empresas pela Faculdade ESUDA situada em Recife/PE; Técnico Contábil com experiência em Recursos Humanos
RESUMO
Este projeto de conclusão do curso de licenciatura plena em Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FTC) na modalidade Educação a Distancia (EaD) é resultado de uma investigação com temas abordados do conhecimento popular e valorização dos saberes bem como pesquisas cientificas na área de reciclagem e toda influencia que a matemática exerce nas diversas disciplinas necessárias a formação humana. Ao planejar lecionar matemática utilizando materiais recicláveis que envolva conteúdos de outras disciplinas como Física, Química, Biologia, Informática, Psicologia, e Ciências de uma forma geral no ensino médio cumpra com as normas da LDB(s) orientadora do currículo mínimo a ser adotado na Escola, nos deparamos com as necessidades deste trabalho no estado de Pernambuco que se encontra em ampla fase de crescimento com o advento da industrialização petroquímica de Ipojuca. Ao direcionarmos o planejamento escolar para ampliar o nível de raciocínio lógico  dos educandos, estaremos atendendo as necessidades da classe acadêmica e ao mesmo tempo do mercado profissional que necessita de mão-de-obra qualificada, bem como diminuindo a poluição que diariamente é jogada em espaços que podem ser úteis para outra finalidade.
Palavras-Chave: Etnomatemática, Construcionismo, Formação de Professores, Material Reciclável, Custo de Produção.
ABSTRACT  
Curriculum, mathematics, mathematics education and educational performance.

            This project completed the full degree course in Mathematics, Faculty of Science and Technology (FTC) method in Distance Education (DE) is the result of research topics addressed with the knowledge and appreciation of popular knowledge and scientific research in the area recycling and all the influence that the math exercises in the various disciplines relevant to human development. Plan to teach mathematics using recyclable materials involving content from other disciplines such as physics, chemistry, biology, computer science, psychology, and science in general in high school meets the standards of the LDB (s) of the minimum curriculum guideline to be adopted School, we are faced with the needs of this work in the state of Pernambuco that is in large phase of growth with the advent of industrialization petrochemical Ipojuca. By driving school planning to increase the level of logical thinking of students, we are meeting the needs of the academic class, while the professional market that needs skilled labor and reducing the pollution that is played daily in spaces that may be useful for another purpose.
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 Keywords: Ethnomatematics, Constructionism, Teacher Training, Recyclable Material, Cost of Production.
Introdução
Para aprender é necessário assimilar a idéia principal que será entendida pelo aluno quando ele assimilar o tema,  sua forma, seu desenho, seu gráfico, equações e tanto quanto sua imaginação tenha assimilado o assunto trabalhado em aula. A teoria serve de base para o entendimento racional, o aprendizado necessita da teoria e a assimilação prática do tema, sendo os exercícios a forma de quantificar a álgebra. Uma aula expositiva com técnicos em matemática enriquecerá o conteúdo abordado, pois o aluno despertará para a forma pratica de utilizar a matemática. Segundo Groenwald &Timm (2007), “para aprender matemática é preciso que se desenvolva o raciocínio lógico, e sejam estimulados o pensamento independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas”. O conteúdo pedagógico descontextualizados e desprovidos de significados para futuros professores de Matemática faz que o aluno tenha receio em aprender esta disciplina, a Sociedade Brasileira de Educação Matemática apresenta alguns parâmetros para que se discuta e amplie a forma de aprender e lecionar a matemática, para isto precisamos adquirir outros conhecimentos, dentre eles, destacamos:
Etnomatemática seria uma maneira pela qual, cultura especifica (etnos) desenvolveram ao longo da historia, as técnicas, as idéias (ticas) para aprender a trabalhar com medidas, cálculos, inferências, comparações, classificações e modos diferentes de modelar o ambiente social e natural no qual estão inseridos para explicar e compreender fenômenos que neles ocorrem”. (D Ambrosio, 1990).
 Construcionismo – (Papert, 1986) – Mostrar que a construção do conhecimento acontece quando o aluno constrói um objeto do seu interesse.
Cidadania e Educação segundo Ubiratan D’Ambrósio (2001, P.15) “o exercício dos direitos e deveres acordados pela sociedade é o que se denomina cidadania. Educação é o conjunto de estratégias desenvolvidas para:
a)           Possibilitar cada indivíduo atingir seu potencial criativo;
b)           Estimular e facilitar a ação comum, com vistas a viver em sociedade e exercer a cidadania.
A Educação segundo Paulo Freire – “A educação deveria conscientizar os oprimidos acerca da realidade social, capacitando-os a refletir sobre sua vida, suas responsabilidades e o papel que desempenham diante das injustiças sociais. Para que isso ocorra, propõe superar o currículo tradicional, abstrato, teórico e dissociado do cotidiano. (Moreira, 1990)”.
Analisando os temas envolvidos com a reciclagem e outras ciências que utilizam a matemática em seu conteúdo para organizar os dados a serem estudados, visualizamos a necessidade de ampliar a fonte de consulta para um maior acervo das ciências, para melhor entender a Etnomatemática e seu conteúdo na formação do jovem que irá atuar no futuro mercado profissional na área petroquímica de ora se instala em Pernambuco. Frente às consultas realizadas necessitou-se entender a Etnomatemática na geometria, nas medidas agrárias, na cubagem de madeiras e a modelagem para a construção de embarcações, uma vez que este tipo de indústria (estaleiro) encontra-se operando no Estado e carente da mão-de-obra qualificada.
A quantidade de material desperdiçado pela indústria e não reciclado, os mesmos são jogados no meio ambiente. A educação não prepara o jovem para atuar de forma limpa e econômica, haja vista que reciclar material (o lixo que se joga fora), tais como: plástico, metal, papel representa uma economia de matéria prima, para o empresário que desperdiça algo em torno de 20% da matéria prima que utiliza (exemplo a indústria de plástico que não recupera suas aparas do processo de extrusão, impressão, refile, laminação e corte-solda, perdendo também na fabricação de adesivos, tintas e gravação de cilindros pelos processos de flexografia (fabricação da logomarca com derivados do petróleo) e a rotogravura (gravação da imagem a ser impressa em um cilindro metálico utilizando produtos químicos). Neste processo o custo final será acrescido do desperdício do processo de fabricação, onerando o preço final que irá ao mercado. Deparamos com tentativa vãs de reciclagem, porém de forma ainda precária, em que muito se fala e pouco se faz neste ramo do conhecimento. Sabemos que a natureza não pode esperar somente com o seu processo de regeneração natural, o longo tempo que alguns materiais levam para se decompor no ambiente tornam o assunto necessário em ser trabalhado na sala de aula e que os professores devem realizar este trabalho já que é este  o orientador dos caminhos da sociedade em suas principais formas. 
Material complementar pesquisado publicado por: D Ambrósio (2001), Aranha (2002), Gerdes (1991), Scandiuzzi (2006), Laraia (2001) e outros e também realizado pesquisa nas indústrias de plástico do Estado para conhecer o seu processo fabril.
Reciclagem segundo o dicionário de Ruth Rocha – 1. Alteração da ciclagem.  2. Atualização de conhecimentos. 3. Reaproveitamento de material usado.
Com o desenvolvimento das ciências ocorrem mudanças no comportamento da sociedade, tornando-se necessário que estas evoluam para entender o que o mercado atual precisa formar como mão de obra. Torna-se urgente que estas se adéqüem para que seus alunos despertem o interesse pelas aulas preparatórias, substituindo as aulas teóricas e de quadro de giz por novas formas de conhecimento. Dentro desta nova perspectiva as ciências utilizam outras formas e metodologias para lecionar nesta nova sociedade, e depara-se com os novos professores de matemática que saem de uma formação teórica e não dominam este novo conteúdo a ser lecionado, criando a necessidade de a escola formar profissionais com conhecimentos que esta realidade precisa. 
“O professor no processo ensino-aprendizagem se relaciona principalmente ao desempenho escolar e, sem ele, não se faz escola. Os demais fatores que nos permitem fazer uma leitura do universo escolar pode nos levar a crer que as relações de poder existentes na escola tornam o professor, ao mesmo tempo, causam e conseqüência da realidade escolar. (...) Aprender, segundo este enfoque, se constitui em atitude de envolvimento na aquisição, interpretação e produção dos saberes. O estudante não tem mais a atitude contemplativa ou absorvente perante aos dados que lhe são apresentados.
As novas necessidades de formação de professores deverão se situar na promessa de inserir este professor em uma concepção de que o processo ensino-aprendizagem deverá compreender a aquisição e a transferência de conhecimento em uma perspectiva histórico social. (...) A construção do conhecimento deverá se dar de maneira menos rígida, despojada de critérios e elementos burocratizantes que a visão positivista nos legou, deixando de se apresentar como tarefa de iluminados, escolhidos, detentores do conhecimento como senhores da ciência. Apresentar, ensino e pesquisa como elementos de uma prática integrada, que envolva professores e estudantes na aquisição de conhecimento integrado, partilhado, colocando os envolvidos neste processo na condição de apreensão destes dados e não reprodutores dos saberes vêm se tornando, felizmente, o objetivo a alcançar de muitas instituições.”
Prof. Msd. Ricardo Marinho dos Santos
Mestrando em Educação - Professor Universitário e do Colégio ObjetvoNHN
A MATEMÁTICA VISTA PELAS OUTRAS CIÊNCIAS
Para Macedo (1999) a “prática interdisciplinar exige que cada disciplina dialogue com as outras disciplinas. Nesta perspectiva, um simples conceito mobiliza uma grande aura conceitual vinda de diferentes áreas de conhecimento”; dentre estas áreas destacamos as relações que dizem respeito à sustentabilidade do mundo atual, dentre tantas disciplinas destacamos:
A RELAÇÃO DA FÍSICA COM A MATEMÁTICA
Há entre a Física e a Matemática uma relação de grande proximidade, (...) à medida que a Física avança cada vez mais e desenvolvem novos axiomas, ela exige uma ajuda pronta da Matemática". Conforme afirmou há cerca de cem anos o alemão Wilhelm Roentgen, o primeiro prêmio Nobel da Física: "O físico precisa de três coisas para o seu trabalho: Matemática, Matemática e Matemática".
Carlos Fiolhais - Centro de Física Computacional da Universidade de Coimbra- Departamento de Física da FCTUC
O Texto do professor Carlos Fiolhais, este é bastante esclarecedor quanto à necessidade para a física do conhecimento matemático. Haja vista a evolução que esta ciência obteve com os adventos da obtenção do número até o calculo integral, a derivada, o limite, a matriz, o determinante, a física quântica, a teoria do caos, etc. e suas mais diversas formas de análise e pesquisas que foram feitas para justificar as provas que o conhecimento físico necessitava. O mesmo processo ocorre com a química que pesa, separa, organiza e testa suas equações utilizando o conhecimento matemático de adição, subtração, multiplicação e divisão, bem como a biologia que no tocante a genética utiliza estes mesmos raciocínios para conhecer os mais diversos tipos de gens dos seres vivos. A interdependência das ciências com a matemática é transparente, porém pelo fato da matemática ser antiga leva a ocorrência de experimentos analisados e pesquisados com certeza de sua exatidão, isto faz da matemática necessária para as conclusões que as ciências buscam. Porém, nestas ciências, aonde podemos visualizar a reciclagem; este processo ocorre quando se encontra a maneira econômica de fazer o experimento com o menor custo e no menor tempo útil de separação, testes e preparação da equação ou formula que se quer fabricar. Isto representa apenas o lado comercial da reciclagem não apresentado o lado sustentável da mesma, tarefa que gostaríamos de apresentar para estudo.
A RELAÇÃO DA PSICOLOGIA COM A MATEMÁTICA
Nessa relação destacamos o saber cognitivo da disciplina existente no ser humano, este saber pode ser mais bem explicado por autores como:
Brito (2001) “ressaltou que pesquisadores como Resnick e Ford (1981) comentaram que a Psicologia da Matemática só será útil ao ensino na medida em que os psicólogos educacionais possam descrever com sucesso o que as pessoas fazem em termos de pensamento, quando estão envolvidos em uma atividade matemática. Meira (1998) defende que a psicologia a educação matemática poderia ser desenvolvida com o objetivo de contribuir na compreensão do pensamento dos aprendizes em relação aos diversos contextos culturais. Krutetsk (1976) apresentou os componentes da habilidade matemática. São eles: obtenção de informação matemática, processamento de informação matemática, retenção de informação matemática, e a existência de componente geral sintético. Brito (2001) ressaltou que nos cursos de formação de professores, em especial os que capacitam outros para trabalhar de 1ª à 4ª série do ensino fundamental, é de grande importância o conhecimento sobre habilidades básicas, sobre o desenvolvimento dessas habilidades. São elas: solução de problemas, aplicação da matemática em situações do cotidiano, prontidão para a racionalidade dos resultados, estimativa e aproximação, habilidades apropriadas de calculo, geometria, medidas, tabelas, diagramas e gráficos, uso da matemática como predição, e uso de computadores”.
Não existe  um  conhecimento que  envolva  maior participação da matematica quanto as suas formas de educar, nada se  falou  sobre  modelagem matematica que  auxiliará na pesquisa construida por parte do aprendiz em que o professor pode deixar  que este escolha o caminho de pesquisa à realizar, dando-lhe diretrizes ou não. Para melhor esclarecer as lacunas deixadas pela Psicologia nesta area  do conhecimento apresentamos definições de alguns autores sobre modelagem, segundo a Faculdade de Tecnologia e Ciencias (FTC modalidade EaD) em sua disciplina de Modelagem Matemática do 6º período do curso de Licenciatura em Matemática, segundo Jonei Cerqueira Barbosa modelo matemático,
“Não é formulado como um fim em sim mesmo, mas para resolver um problema. Assim, para o autor, a partir do modelo matemático, elabora-se um problema que será se possível, resolvido pelas teorias matemáticas conhecidas, cuja solução é trazida de volta para a situação real para ser interpretada. O autor reconhece que os modelos matemáticos, desempenham um papel que parece servir de maneira satisfatória à tarefa de descrever e predizer os fenômenos físicos, a impressão é que é um domínio mais livre da interferência humana, em que os fatos acontecem independentemente do olhar humano. (...) Bassanezi (2002) destaca alguns passos:
1.     Coletam-se os dados experimentalmente;
2.     Seleciona-se as variáveis, desprezando algumas que não são consideradas significativas;
3.     Inicia-se com a formulação de um problema não-matemático, esclarecendo o que se deseja saber e os conceitos e as variáveis que são necessárias para a situação-problema. O matemático aplicado escreve o problema na linguagem da área a qual pertence, formulando algumas hipóteses;
4.     Depois, escreve-se o modelo matemático adequado para dar conta do problema;
5.     Valida-se o modelo matemático, retornando o estudo feito para a situação da outra área da realidade que a situação-problema pertence. Modificações sobre esta análise crítica da solução encontrada poderão ser feitas;
6.     Com isto, temos a aplicação de uma área de realidade descrita a partir de representações matemáticas.”
Com estes saberes poderemos pesquisar a reciclagem utilizando os conhecimentos advindos da matemática  e a parte cognitiva da Psicologia para adequar a escola na sustentabilidade que procuramos transmitir aos nossos alunos.
A RELAÇÃO DOS ESPORTES COM A MATEMÁTICA
 Nas últimas décadas as pesquisas sobre ensino e aprendizagem aponta para a necessidade de esclarecer ao aprendiz a correlação entre o que se aprende na escola e que se vivencia em nosso cotidiano. Evidentemente que o cotidiano das pessoas é bastante diversificado em função de vários fatores tais como as questões sociais, culturais, econômicas e a cronológicas. Em vários destes contextos uma das áreas do conhecimento que coabitam diversos setores da atividade humana é a matemática. A matemática está inserida com maior ou menor profundidade, com maior ou menor compreensão em praticamente toda a ação consciente ou inconsciente do ser humano. A ação de adicionar, de subtrair, de multiplicar e de dividir está tão inserida em nossas vidas que parece óbvio que somos seres praticantes e incessantes do ato de matematizar. A criação desse verbo nos parece tão necessária quanto andar, respirar, amar ou viver.
É nesse sentido que podemos pinçar qualquer área de ação do homem para exemplificar aplicações da matemática em nossas vidas. Em todas as modalidades esportivas encontramos em vários momentos o uso de algum ramo da matemática. Muitas vezes associada à Física e a Química, a matemática está conectada aos esportes desde a preparação orgânica dos atletas, passando por toda sua preparação nos treinos, até os resultados obtidos em suas conquistas. Aleatoriamente vamos citar o caso de um atleta de salto com vara. Seu treinamento começa num preparo de resistência e força física onde seus instrutores valendo-se de dados armazenados em tabelas e gráficos acompanham o desenvolvimento e a evolução do atleta. Nesse caso há a necessidade desses instrutores conhecerem o que significam funções crescentes e decrescentes, domínios e imagens, o que é e o que difere uma função linear de uma função exponencial, entender o que significa uma função parabólica com concavidade para baixo ou para cima, enfim são vários capítulos dos livros de matemática que esses instrutores certamente utilizaram durante suas formações escolares e que são utilizados numa simples preparação física de atleta. Apresentamos como exemplo um salto com vara num dos momentos mais importantes do salto. A desenvoltura muscular associada a uma técnica refinada propicia a um atleta chegar a esse nível de competitividade e para seu êxito se faz necessário a utilização da linguagem da matemática em todas as etapas desse empreendimento. Na preparação especifica dessa atividade esportiva de salto com vara, mais uma boa quantidade de ações matemáticas será utilizada. A corrida do atleta, como segurar a vara durante essa corrida levando em conta seu centro de gravidade, o ponto de fixação da vara no solo como ponto fixo para a deformação da vara onde parte da energia cinética da corrida do atleta associada a sua força muscular em seu braço é transformada em energia potencial elástica e em seguida transformada em energia potencial gravitacional para que a altura atingida seja a máxima possível no sentido de aproveitar todo o esforço físico e toda a energia proveniente da deformação da vara.
No caso exposto exemplificamos como a matemática e a física contribui com o projeto e com as conquistas de um atleta em seus desafios. Sabemos que o aprimoramento da atividade esportiva de competição passa por treinos e mais treinos numa repetição incansável para que aos poucos ocorra uma evolução dos resultados obtidos pelo atleta. E é nesse momento que atleta e instrutores analisando tabelas de dados e transformando-os num gráfico podem observar o desempenho e a taxa de evolução no sentido de aprofundar mais nos treinos ou no caso de uma evolução pouco significativa alterar os métodos ou as formas de treinamento. A curva de desempenho desse atleta é comparada com a de outros atletas permitindo assim uma visão global de sua posição em relação aos demais. A alimentação de uma atleta desse nível deve ser acompanhada por nutricionistas altamente qualificados e especializados nessa atividade esportiva. Mais uma vez a matemática se faz presente, pois quantas calorias a mais ou menos é resultado de anos de estudo onde a matemática faz parte dessa gramática, a língua que se fala nesse universo sobre o que deve ou não ingerir. Nessa abordagem da relação salto com vara  a matemática apenas exemplifica a matemática e o esporte, deixando que outras partes da ciência contribuam com sua parcela na preparação do atleta. Num jogo de basquete, de voleibol, de tênis, natação e praticamente todas as atividades esportivas poderiam ter sido utilizadas como exemplificação do tema abordado. E acreditamos que no trabalho docente o ensino da matemática pode se valer dessa relação como objeto motivador. Nesta atividade a reciclagem limita-se aos produtos para massagem que o atleta utiliza na sua preparação, produtos estes que se não utilizados de forma criteriosa podem vir a comprometer a carreira de sucesso de um atleta, chegando a prejudicar a desportividade do país de origem deste. Casos ocorreram com os atletas olímpicos que se doparam e tiveram de devolver suas medalhas, envergonhado a comunidade esportiva do mundo. Não poderíamos querer utilizar material reciclável (mesmo sendo possível) no preparo do atleta, como varas para salto, tênis para corrida, redes para traves ou mesas de competições, porque o material virgem apresenta maior índice de rigidez e tempo de vida maior. O que não se consegue com reciclagem.     
A RELAÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL COM A MATEMÁTICA
A relação matematica com o meio ambiente é de vital importancia para os novos professores de matematica, já que na industria de hoje, muito  produz   em seu processo fabril, ocorrendo os refugos deste processo serão descartados no ambiente, independentemente do tipo de industrialização da nossa sociedade, a natureza leva um longo tempo para recuperar a area danificada pelo ser humano. Assim cabe a escola trabalhar os temas transversais quanto ao assunto, educar a criança para que esta adquira uma cultura de reciclagem do lixo produzido e alem de tudo possa colaborar com todos os processos da vida humana, tais como, transporte, moradia, lazer, etc. Assim resolvemos pesquisar como as ciências poderiam auxiliar neste processo e encontramos o livro do professor Valadares da UFMG -   escolhemos para exemplificar a reciclagem anexada ao conhecimento matematico em sala de aula, exemplos deste livro,  construimos os experimentos em sala de aula como uma atividade orientada. O resultado que obtivemos na disciplina de Fisica no Ensino Médio de uma escola Estadual foi encantador para aqueles jovens que não experimentam a pesquisa cientifica. Segundo    Sergio Lorenzato & Dario Fiorentini, (2001)
“O educador matematico é aquele que concebe a Matematica como um meio: ele educa através da Matematica. Tem por objetivo a formação do cidadão e, devido a isso, questiona qual a Matematica e qual o ensino são adequados e relevantes para essa formação. Suas atividades se desenvolvelvem nas escolas... suas pesquisas são realizadas, utilizando-se essencialmente fundamentação teorica e metodos das Ciencias Sociais e Humanas”.

A Lei de diretrizes e Bases da Educação (LDB), o governo, os meios de comunicação, todas as esferas da sociedade, hoje, colocam como objetivo principal da educação a formação do cidadão. É relevante então analisar com mais  cuidado os significados que se tem atribuido à palavra cidadania. Os parametros Curriculares Nacionais (PCN’s) apresentam um conceito de cidadania:
(...) compreende a cidadania como participação social e politica, assim como o exercicio de direitos e deveres politicos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperaçãoe repudio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito. (PCN Matematica, 1992, 11).
CONCLUSÃO
A LDB 9394/96 no art.43 diz que uma das finalidades da educação superior é:
 “incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive”. Concluimos que ainda falta muita pesquisa para que a reciclagem possa atender as condições de sustentabilidade que a sociedade precisa. Educação Matemática não é apenas a soma de disciplinas da Matematica e da Educação, trata-se de uma nova forma de lecionar a matemática, devemos portanto incorporar no curriculo de formação de professoras, as dimensões epistemologicas, filosoficas, historicas, psicologicas, politicas, metodologicas e culturais na busca por um melhor entendimento sobre os processos de ensino e aprendizagem da matemática bem como o seu papel social. Para a escola formar professores que disponham deste conhecimento precisa melhorar o curriculo de formação dos professores envolvendo disciplinas que digam respeito a sociabilização da escola e a sustentabilidade do planeta preservando suas riquezas e minimizando seus refugos (lixos) e esperando do professor a ampliação do poder de argumentação sobre os mais diversos temas que aparecem na atual sociedade, entre eles, destacamos a reciclagem como tema para estudo. Quando o erro ocorrer em testes e experimentos da matemática em aulas utilizando materiais recicláveis é preciso entender que este faz parte do aprendizado e só é possivel assimilar conhecimento testando todas as hipóteses  que anteriormente foram imaginadas, inclusive o erro. O professor tradicionalista não encontra mais espaço no mundo atual , também é ainda  precário a pesquisa nesta área envolvendo a matemática, não é facil trabalhar com   temas que envolvam a  sustentabilidade que o mundo requer. As outras ciencias  já disponhando de pesquisas concretas ainda não fizeram um incremento entre as disciplinas, poderiamos partir da modelagem matematica chegando a algebra e geometria para que estas conseguissem auxiliar as pesquisas da matematica. A Sociedade Brasileira de Educação Matemática define competencia profissional do educador matemático  como valores inspiradores da sociedade. Estes valores precisam inserir à compreensão do papel social da escola para adquir o dominio público necessário na atualidade. Dentre estes valores acreditamos que a reciclagem é parte fundamental neste contexto. O trabalho desenvolvido em aulas  obteve frutos inspiradores, porque hoje  dispomos de ex- alunos atuando com artes que utilizam o lixo como matéria prima em sua vida profissional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

ARTIGO CIENTIFICO

Unidade Pedagógica: Madalena – Recife – Pernambuco
Tutor: Prof. Washington Santana
Estudante: Edivan Roberto de Oliveira Batista
Recife: 10/10/2010 

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