DOCENCIA:
DESAFIOS ENTRE A PRÁTICA E A TEORIA
DESAFIOS DA MATEMATICA ENVOLVENDO
RECICLAGEM E OUTRAS CIENCIAS
EDIVAN ROBERTO DE OLIVEIRA BATISTA
Graduando
em Matemática pela Faculdade de Tecnologia e Ciências FTC – EaD; Administrador
de Empresas pela Faculdade ESUDA situada em Recife/PE; Técnico Contábil com
experiência em Recursos Humanos
RESUMO
Este projeto
de conclusão do curso de licenciatura plena em Matemática da Faculdade de Ciências
e Tecnologia (FTC) na modalidade Educação a Distancia (EaD) é resultado de uma
investigação com temas abordados do conhecimento popular e valorização dos
saberes bem como pesquisas cientificas na área de reciclagem e toda influencia
que a matemática exerce nas diversas disciplinas necessárias a formação humana.
Ao planejar lecionar matemática utilizando materiais recicláveis que envolva
conteúdos de outras disciplinas como Física, Química, Biologia, Informática,
Psicologia, e Ciências de uma forma geral no ensino médio cumpra com as normas
da LDB(s) orientadora do currículo mínimo a ser adotado na Escola, nos deparamos
com as necessidades deste trabalho no estado de Pernambuco que se encontra em
ampla fase de crescimento com o advento da industrialização petroquímica de
Ipojuca. Ao direcionarmos o planejamento escolar para ampliar o nível de raciocínio
lógico dos educandos, estaremos
atendendo as necessidades da classe acadêmica e ao mesmo tempo do mercado
profissional que necessita de mão-de-obra qualificada, bem como diminuindo a
poluição que diariamente é jogada em espaços que podem ser úteis para outra
finalidade.
Palavras-Chave: Etnomatemática, Construcionismo,
Formação de Professores, Material Reciclável, Custo de Produção.
ABSTRACT
Curriculum, mathematics, mathematics education and educational
performance.
This project completed the full degree course in Mathematics, Faculty of Science and Technology (FTC) method in Distance Education (DE) is the result of research topics addressed with the knowledge and appreciation of popular knowledge and scientific research in the area recycling and all the influence that the math exercises in the various disciplines relevant to human development. Plan to teach mathematics using recyclable materials involving content from other disciplines such as physics, chemistry, biology, computer science, psychology, and science in general in high school meets the standards of the LDB (s) of the minimum curriculum guideline to be adopted School, we are faced with the needs of this work in the state of Pernambuco that is in large phase of growth with the advent of industrialization petrochemical Ipojuca. By driving school planning to increase the level of logical thinking of students, we are meeting the needs of the academic class, while the professional market that needs skilled labor and reducing the pollution that is played daily in spaces that may be useful for another purpose.
Keywords:
Ethnomatematics, Constructionism, Teacher Training, Recyclable Material, Cost
of Production.
Introdução
Para aprender é necessário assimilar a
idéia principal que será entendida pelo aluno quando ele assimilar o tema, sua forma, seu desenho, seu gráfico, equações
e tanto quanto sua imaginação tenha assimilado o assunto trabalhado em aula. A
teoria serve de base para o entendimento racional, o aprendizado necessita da
teoria e a assimilação prática do tema, sendo os exercícios a forma de
quantificar a álgebra. Uma aula expositiva com técnicos em matemática
enriquecerá o conteúdo abordado, pois o aluno despertará para a forma pratica
de utilizar a matemática. Segundo Groenwald &Timm (2007), “para aprender matemática é preciso que
se desenvolva o raciocínio lógico, e sejam estimulados o pensamento
independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas”. O
conteúdo pedagógico descontextualizados e desprovidos de significados para
futuros professores de Matemática faz que o aluno tenha receio em aprender esta
disciplina, a Sociedade Brasileira de Educação Matemática apresenta alguns parâmetros
para que se discuta e amplie a forma de aprender e lecionar a matemática, para
isto precisamos adquirir outros conhecimentos, dentre eles, destacamos:
“Etnomatemática
seria uma maneira pela qual, cultura especifica (etnos) desenvolveram ao longo
da historia, as técnicas, as idéias (ticas) para aprender a trabalhar com
medidas, cálculos, inferências, comparações, classificações e modos diferentes
de modelar o ambiente social e natural no qual estão inseridos para explicar e
compreender fenômenos que neles ocorrem”. (D Ambrosio, 1990).
Construcionismo
– (Papert, 1986) – Mostrar que a construção do conhecimento acontece quando o
aluno constrói um objeto do seu interesse.
Cidadania
e Educação segundo Ubiratan
D’Ambrósio (2001, P.15) “o exercício dos direitos e deveres acordados pela
sociedade é o que se denomina cidadania. Educação é o conjunto de estratégias
desenvolvidas para:
a)
Possibilitar
cada indivíduo atingir seu potencial criativo;
b)
Estimular
e facilitar a ação comum, com vistas a viver em sociedade e exercer a
cidadania.
A
Educação segundo Paulo
Freire – “A educação deveria conscientizar os oprimidos acerca da realidade
social, capacitando-os a refletir sobre sua vida, suas responsabilidades e o
papel que desempenham diante das injustiças sociais. Para que isso ocorra,
propõe superar o currículo tradicional, abstrato, teórico e dissociado do
cotidiano. (Moreira, 1990)”.
Analisando os temas envolvidos com a
reciclagem e outras ciências que utilizam a matemática em seu conteúdo para
organizar os dados a serem estudados, visualizamos a necessidade de ampliar a
fonte de consulta para um maior acervo das ciências, para melhor entender a Etnomatemática
e seu conteúdo na formação do jovem que irá atuar no futuro mercado profissional
na área petroquímica de ora se instala em Pernambuco. Frente às consultas
realizadas necessitou-se entender a Etnomatemática na geometria, nas medidas
agrárias, na cubagem de madeiras e a modelagem para a construção de
embarcações, uma vez que este tipo de indústria (estaleiro) encontra-se operando
no Estado e carente da mão-de-obra qualificada.
A quantidade de material desperdiçado
pela indústria e não reciclado, os mesmos são jogados no meio ambiente. A educação
não prepara o jovem para atuar de forma limpa e econômica, haja vista que
reciclar material (o lixo que se joga fora), tais como: plástico, metal, papel
representa uma economia de matéria prima, para o empresário que desperdiça algo
em torno de 20% da matéria prima que utiliza (exemplo a indústria de plástico
que não recupera suas aparas do processo de extrusão, impressão, refile,
laminação e corte-solda, perdendo também na fabricação de adesivos, tintas e
gravação de cilindros pelos processos de flexografia (fabricação da logomarca
com derivados do petróleo) e a rotogravura (gravação da imagem a ser impressa
em um cilindro metálico utilizando produtos químicos). Neste processo o custo
final será acrescido do desperdício do processo de fabricação, onerando o preço
final que irá ao mercado. Deparamos com tentativa vãs de reciclagem, porém de
forma ainda precária, em que muito se fala e pouco se faz neste ramo do
conhecimento. Sabemos que a natureza não pode esperar somente com o seu processo
de regeneração natural, o longo tempo que alguns materiais levam para se
decompor no ambiente tornam o assunto necessário em ser trabalhado na sala de
aula e que os professores devem realizar este trabalho já que é este o orientador dos caminhos da sociedade em
suas principais formas.
Material complementar pesquisado
publicado por: D Ambrósio (2001), Aranha (2002), Gerdes (1991), Scandiuzzi
(2006), Laraia (2001) e outros e também realizado pesquisa nas indústrias de
plástico do Estado para conhecer o seu processo fabril.
Reciclagem
segundo o dicionário de Ruth Rocha – 1. Alteração da ciclagem. 2. Atualização de conhecimentos. 3. Reaproveitamento
de material usado.
Com o desenvolvimento das ciências ocorrem
mudanças no comportamento da sociedade, tornando-se necessário que estas
evoluam para entender o que o mercado atual precisa formar como mão de obra.
Torna-se urgente que estas se adéqüem para que seus alunos despertem o
interesse pelas aulas preparatórias, substituindo as aulas teóricas e de quadro
de giz por novas formas de conhecimento. Dentro desta nova perspectiva as
ciências utilizam outras formas e metodologias para lecionar nesta nova
sociedade, e depara-se com os novos professores de matemática que saem de uma
formação teórica e não dominam este novo conteúdo a ser lecionado, criando a
necessidade de a escola formar profissionais com conhecimentos que esta realidade
precisa.
“O professor no
processo ensino-aprendizagem se relaciona principalmente ao desempenho escolar
e, sem ele, não se faz escola. Os demais fatores que nos permitem
fazer uma leitura do universo escolar pode nos levar a crer que as relações de
poder existentes na escola tornam o professor, ao
mesmo tempo, causam e conseqüência da realidade escolar. (...) Aprender,
segundo este enfoque, se constitui em atitude de envolvimento na aquisição,
interpretação e produção dos saberes. O estudante não tem mais a atitude
contemplativa ou absorvente perante aos dados que lhe são apresentados.
As novas necessidades de
formação de professores deverão se situar na promessa de inserir este professor
em uma concepção de que o processo ensino-aprendizagem deverá compreender a
aquisição e a transferência de conhecimento em uma perspectiva histórico social.
(...) A construção do conhecimento deverá se dar de maneira menos rígida,
despojada de critérios e elementos burocratizantes que a visão positivista nos
legou, deixando de se apresentar como tarefa de iluminados, escolhidos,
detentores do conhecimento como senhores da ciência. Apresentar, ensino e
pesquisa como elementos de uma prática integrada, que envolva professores e
estudantes na aquisição de conhecimento integrado, partilhado, colocando os
envolvidos neste processo na condição de apreensão destes dados e não reprodutores
dos saberes vêm se tornando, felizmente, o objetivo a alcançar de muitas
instituições.”
Prof. Msd. Ricardo Marinho dos Santos
Mestrando em Educação - Professor Universitário e do Colégio ObjetvoNHN
Mestrando em Educação - Professor Universitário e do Colégio ObjetvoNHN
A MATEMÁTICA VISTA PELAS OUTRAS CIÊNCIAS
Para
Macedo (1999) a “prática interdisciplinar
exige que cada disciplina dialogue com as outras disciplinas. Nesta
perspectiva, um simples conceito mobiliza uma grande aura conceitual vinda de
diferentes áreas de conhecimento”; dentre estas áreas destacamos as
relações que dizem respeito à sustentabilidade do mundo atual, dentre tantas
disciplinas destacamos:
A RELAÇÃO DA FÍSICA COM A MATEMÁTICA
“Há entre a Física e a Matemática uma relação
de grande proximidade, (...) à medida que a Física avança cada vez mais e desenvolvem
novos axiomas, ela exige uma ajuda pronta da Matemática". Conforme afirmou
há cerca de cem anos o alemão Wilhelm Roentgen, o primeiro prêmio Nobel da
Física: "O físico precisa de três coisas para o seu trabalho: Matemática,
Matemática e Matemática".
Carlos
Fiolhais - Centro de Física Computacional da Universidade de Coimbra-
Departamento de Física da FCTUC
O Texto do professor Carlos Fiolhais, este é
bastante esclarecedor quanto à necessidade para a física do conhecimento
matemático. Haja vista a evolução que esta ciência obteve com os adventos da
obtenção do número até o calculo integral, a derivada, o limite, a matriz, o determinante,
a física quântica, a teoria do caos, etc. e suas mais diversas formas de
análise e pesquisas que foram feitas para justificar as provas que o
conhecimento físico necessitava. O mesmo processo ocorre com a química que
pesa, separa, organiza e testa suas equações utilizando o conhecimento
matemático de adição, subtração, multiplicação e divisão, bem como a biologia
que no tocante a genética utiliza estes mesmos raciocínios para conhecer os
mais diversos tipos de gens dos seres vivos. A interdependência das ciências
com a matemática é transparente, porém pelo fato da matemática ser antiga leva
a ocorrência de experimentos analisados e pesquisados com certeza de sua
exatidão, isto faz da matemática necessária para as conclusões que as ciências
buscam. Porém, nestas ciências, aonde podemos visualizar a reciclagem; este processo
ocorre quando se encontra a maneira econômica de fazer o experimento com o
menor custo e no menor tempo útil de separação, testes e preparação da equação
ou formula que se quer fabricar. Isto representa apenas o lado comercial da
reciclagem não apresentado o lado sustentável da mesma, tarefa que gostaríamos
de apresentar para estudo.
A RELAÇÃO DA PSICOLOGIA COM A MATEMÁTICA
Nessa
relação destacamos o saber cognitivo da disciplina existente no ser humano,
este saber pode ser mais bem explicado por autores como:
Brito
(2001) “ressaltou que pesquisadores como Resnick e Ford (1981) comentaram que a
Psicologia da Matemática só será útil ao ensino na medida em que os psicólogos
educacionais possam descrever com sucesso o que as pessoas fazem em termos de
pensamento, quando estão envolvidos em uma atividade matemática. Meira (1998)
defende que a psicologia a educação matemática poderia ser desenvolvida com o
objetivo de contribuir na compreensão do pensamento dos aprendizes em relação
aos diversos contextos culturais. Krutetsk
(1976) apresentou os componentes da habilidade matemática. São eles: obtenção
de informação matemática, processamento de informação matemática, retenção de
informação matemática, e a existência de componente geral sintético. Brito
(2001) ressaltou que nos cursos de formação de professores, em especial os que
capacitam outros para trabalhar de 1ª à 4ª série do ensino fundamental, é de
grande importância o conhecimento sobre habilidades básicas, sobre o
desenvolvimento dessas habilidades. São elas: solução de problemas, aplicação
da matemática em situações do cotidiano, prontidão para a racionalidade dos resultados,
estimativa e aproximação, habilidades apropriadas de calculo, geometria,
medidas, tabelas, diagramas e gráficos, uso da matemática como predição, e uso
de computadores”.
Não
existe um conhecimento que envolva maior participação da matematica quanto as
suas formas de educar, nada se falou
sobre modelagem matematica
que auxiliará na pesquisa construida por
parte do aprendiz em que o professor pode deixar que este escolha o caminho de pesquisa à realizar,
dando-lhe diretrizes ou não. Para melhor esclarecer as lacunas deixadas pela
Psicologia nesta area do conhecimento apresentamos
definições de alguns autores sobre modelagem, segundo a Faculdade de Tecnologia
e Ciencias (FTC modalidade EaD) em sua disciplina de Modelagem Matemática do 6º
período do curso de Licenciatura em Matemática, segundo Jonei
Cerqueira Barbosa modelo matemático,
“Não é formulado como um fim em sim mesmo, mas para resolver um problema.
Assim, para o autor, a partir do modelo matemático, elabora-se um problema que
será se possível, resolvido pelas teorias matemáticas conhecidas, cuja solução
é trazida de volta para a situação real para ser interpretada. O autor
reconhece que os modelos matemáticos, desempenham um papel que parece servir de
maneira satisfatória à tarefa de descrever e predizer os fenômenos físicos, a
impressão é que é um domínio mais livre da interferência humana, em que os
fatos acontecem independentemente do olhar humano. (...) Bassanezi
(2002) destaca alguns passos:
1.
Coletam-se
os dados experimentalmente;
2.
Seleciona-se
as variáveis, desprezando algumas que não são consideradas significativas;
3.
Inicia-se
com a formulação de um problema não-matemático, esclarecendo o que se deseja
saber e os conceitos e as variáveis que são necessárias para a situação-problema.
O matemático aplicado escreve o problema na linguagem da área a qual pertence,
formulando algumas hipóteses;
4.
Depois,
escreve-se o modelo matemático adequado para dar conta do problema;
5.
Valida-se
o modelo matemático, retornando o estudo feito para a situação da outra área da
realidade que a situação-problema
pertence. Modificações sobre esta análise crítica da solução
encontrada poderão ser feitas;
6.
Com
isto, temos a aplicação de uma área de realidade descrita a partir de
representações matemáticas.”
Com
estes saberes poderemos pesquisar a reciclagem utilizando os conhecimentos
advindos da matemática e a parte
cognitiva da Psicologia para adequar a escola na sustentabilidade que procuramos
transmitir aos nossos alunos.
A RELAÇÃO DOS ESPORTES COM A MATEMÁTICA
Nas últimas
décadas as pesquisas sobre ensino e aprendizagem aponta para a necessidade de
esclarecer ao aprendiz a correlação entre o que se aprende na escola e que se
vivencia em nosso cotidiano. Evidentemente que o cotidiano das pessoas é
bastante diversificado em função de vários fatores tais como as questões
sociais, culturais, econômicas e a cronológicas. Em vários destes contextos uma
das áreas do conhecimento que coabitam diversos setores da atividade humana é a
matemática. A matemática está inserida com maior ou menor profundidade, com
maior ou menor compreensão em praticamente toda a ação consciente ou
inconsciente do ser humano. A ação de adicionar, de subtrair, de multiplicar e
de dividir está tão inserida em nossas vidas que parece óbvio que somos seres
praticantes e incessantes do ato de matematizar. A criação desse verbo nos
parece tão necessária quanto andar, respirar, amar ou viver.
É
nesse sentido que podemos pinçar qualquer área de ação do homem para
exemplificar aplicações da matemática em nossas vidas. Em todas as modalidades
esportivas encontramos em vários momentos o uso de algum ramo da matemática.
Muitas vezes associada à Física e a Química, a matemática está conectada aos
esportes desde a preparação orgânica dos atletas, passando por toda sua
preparação nos treinos, até os resultados obtidos em suas conquistas. Aleatoriamente
vamos citar o caso de um atleta de salto com vara. Seu treinamento começa num
preparo de resistência e força física onde seus instrutores valendo-se de dados
armazenados em tabelas e gráficos acompanham o desenvolvimento e a evolução do
atleta. Nesse caso há a necessidade desses instrutores conhecerem o que
significam funções crescentes e decrescentes, domínios e imagens, o que é e o
que difere uma função linear de uma função exponencial, entender o que
significa uma função parabólica com concavidade para baixo ou para cima, enfim
são vários capítulos dos livros de matemática que esses instrutores certamente
utilizaram durante suas formações escolares e que são utilizados numa simples
preparação física de atleta. Apresentamos como exemplo um salto com vara num
dos momentos mais importantes do salto. A desenvoltura muscular associada a uma
técnica refinada propicia a um atleta chegar a esse nível de competitividade e
para seu êxito se faz necessário a utilização da linguagem da matemática em
todas as etapas desse empreendimento. Na preparação especifica dessa atividade
esportiva de salto com vara, mais uma boa quantidade de ações matemáticas será
utilizada. A corrida do atleta, como segurar a vara durante essa corrida
levando em conta seu centro de gravidade, o ponto de fixação da vara no solo
como ponto fixo para a deformação da vara onde parte da energia cinética da
corrida do atleta associada a sua força muscular em seu braço é transformada em
energia potencial elástica e em seguida transformada em energia potencial
gravitacional para que a altura atingida seja a máxima possível no sentido de
aproveitar todo o esforço físico e toda a energia proveniente da deformação da
vara.
No
caso exposto exemplificamos como a matemática e a física contribui com o
projeto e com as conquistas de um atleta em seus desafios. Sabemos que o
aprimoramento da atividade esportiva de competição passa por treinos e mais
treinos numa repetição incansável para que aos poucos ocorra uma evolução dos
resultados obtidos pelo atleta. E é nesse momento que atleta e instrutores
analisando tabelas de dados e transformando-os num gráfico podem observar o desempenho
e a taxa de evolução no sentido de aprofundar mais nos treinos ou no caso de
uma evolução pouco significativa alterar os métodos ou as formas de
treinamento. A curva de desempenho desse atleta é comparada com a de outros
atletas permitindo assim uma visão global de sua posição em relação aos demais.
A alimentação de uma
atleta desse nível deve ser acompanhada por nutricionistas altamente
qualificados e especializados nessa atividade esportiva. Mais uma vez a
matemática se faz presente, pois quantas calorias a mais ou menos é resultado
de anos de estudo onde a matemática faz parte dessa gramática, a língua que se
fala nesse universo sobre o que deve ou não ingerir. Nessa abordagem da relação
salto com vara a matemática apenas
exemplifica a matemática e o esporte, deixando que outras partes da ciência
contribuam com sua parcela na preparação do atleta. Num jogo de basquete, de
voleibol, de tênis, natação e praticamente todas as atividades esportivas
poderiam ter sido utilizadas como exemplificação do tema abordado. E acreditamos
que no trabalho docente o ensino da matemática pode se valer dessa relação como
objeto motivador. Nesta atividade a reciclagem limita-se aos produtos para
massagem que o atleta utiliza na sua preparação, produtos estes que se não
utilizados de forma criteriosa podem vir a comprometer a carreira de sucesso de
um atleta, chegando a prejudicar a desportividade do país de origem deste.
Casos ocorreram com os atletas olímpicos que se doparam e tiveram de devolver
suas medalhas, envergonhado a comunidade esportiva do mundo. Não poderíamos
querer utilizar material reciclável (mesmo sendo possível) no preparo do
atleta, como varas para salto, tênis para corrida, redes para traves ou mesas
de competições, porque o material virgem apresenta maior índice de rigidez e
tempo de vida maior. O que não se consegue com reciclagem.
A RELAÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL COM A MATEMÁTICA
A relação matematica com o meio
ambiente é de vital importancia para os novos professores de matematica, já que
na industria de hoje, muito produz em seu processo fabril, ocorrendo os refugos
deste processo serão descartados no ambiente, independentemente do tipo de
industrialização da nossa sociedade, a natureza leva um longo tempo para
recuperar a area danificada pelo ser humano. Assim cabe a escola trabalhar os
temas transversais quanto ao assunto, educar a criança para que esta adquira
uma cultura de reciclagem do lixo produzido e alem de tudo possa colaborar com
todos os processos da vida humana, tais como, transporte, moradia, lazer, etc. Assim
resolvemos pesquisar como as ciências poderiam auxiliar neste processo e
encontramos o livro do professor Valadares da UFMG - escolhemos para exemplificar a reciclagem
anexada ao conhecimento matematico em sala de aula, exemplos deste livro, construimos os experimentos em sala de aula
como uma atividade orientada. O resultado que obtivemos na disciplina de Fisica
no Ensino Médio de uma escola Estadual foi encantador para aqueles jovens que
não experimentam a pesquisa cientifica. Segundo Sergio Lorenzato & Dario Fiorentini,
(2001)
“O educador matematico é aquele que concebe a Matematica como
um meio: ele educa através da Matematica. Tem por objetivo a formação do
cidadão e, devido a isso, questiona qual a Matematica e qual o ensino são
adequados e relevantes para essa formação. Suas atividades se desenvolvelvem
nas escolas... suas pesquisas são realizadas, utilizando-se essencialmente
fundamentação teorica e metodos das Ciencias Sociais e Humanas”.
A Lei de diretrizes e Bases da
Educação (LDB), o governo, os meios de comunicação, todas as esferas da
sociedade, hoje, colocam como objetivo principal da educação a formação do
cidadão. É relevante então analisar com mais
cuidado os significados que se tem atribuido à palavra cidadania. Os
parametros Curriculares Nacionais (PCN’s) apresentam um conceito de cidadania:
(...)
compreende a cidadania como participação social e politica, assim como o
exercicio de direitos e deveres politicos, civis e sociais, adotando, no
dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperaçãoe repudio às injustiças, respeitando
o outro e exigindo para si o mesmo respeito. (PCN Matematica, 1992, 11).
CONCLUSÃO
A LDB 9394/96 no art.43 diz que uma das
finalidades da educação superior é:
“incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive”. Concluimos que ainda falta muita pesquisa para que a reciclagem possa atender as condições de sustentabilidade que a sociedade precisa. Educação Matemática não é apenas a soma de disciplinas da Matematica e da Educação, trata-se de uma nova forma de lecionar a matemática, devemos portanto incorporar no curriculo de formação de professoras, as dimensões epistemologicas, filosoficas, historicas, psicologicas, politicas, metodologicas e culturais na busca por um melhor entendimento sobre os processos de ensino e aprendizagem da matemática bem como o seu papel social. Para a escola formar professores que disponham deste conhecimento precisa melhorar o curriculo de formação dos professores envolvendo disciplinas que digam respeito a sociabilização da escola e a sustentabilidade do planeta preservando suas riquezas e minimizando seus refugos (lixos) e esperando do professor a ampliação do poder de argumentação sobre os mais diversos temas que aparecem na atual sociedade, entre eles, destacamos a reciclagem como tema para estudo. Quando o erro ocorrer em testes e experimentos da matemática em aulas utilizando materiais recicláveis é preciso entender que este faz parte do aprendizado e só é possivel assimilar conhecimento testando todas as hipóteses que anteriormente foram imaginadas, inclusive o erro. O professor tradicionalista não encontra mais espaço no mundo atual , também é ainda precário a pesquisa nesta área envolvendo a matemática, não é facil trabalhar com temas que envolvam a sustentabilidade que o mundo requer. As outras ciencias já disponhando de pesquisas concretas ainda não fizeram um incremento entre as disciplinas, poderiamos partir da modelagem matematica chegando a algebra e geometria para que estas conseguissem auxiliar as pesquisas da matematica. A Sociedade Brasileira de Educação Matemática define competencia profissional do educador matemático como valores inspiradores da sociedade. Estes valores precisam inserir à compreensão do papel social da escola para adquir o dominio público necessário na atualidade. Dentre estes valores acreditamos que a reciclagem é parte fundamental neste contexto. O trabalho desenvolvido em aulas obteve frutos inspiradores, porque hoje dispomos de ex- alunos atuando com artes que utilizam o lixo como matéria prima em sua vida profissional.
“incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive”. Concluimos que ainda falta muita pesquisa para que a reciclagem possa atender as condições de sustentabilidade que a sociedade precisa. Educação Matemática não é apenas a soma de disciplinas da Matematica e da Educação, trata-se de uma nova forma de lecionar a matemática, devemos portanto incorporar no curriculo de formação de professoras, as dimensões epistemologicas, filosoficas, historicas, psicologicas, politicas, metodologicas e culturais na busca por um melhor entendimento sobre os processos de ensino e aprendizagem da matemática bem como o seu papel social. Para a escola formar professores que disponham deste conhecimento precisa melhorar o curriculo de formação dos professores envolvendo disciplinas que digam respeito a sociabilização da escola e a sustentabilidade do planeta preservando suas riquezas e minimizando seus refugos (lixos) e esperando do professor a ampliação do poder de argumentação sobre os mais diversos temas que aparecem na atual sociedade, entre eles, destacamos a reciclagem como tema para estudo. Quando o erro ocorrer em testes e experimentos da matemática em aulas utilizando materiais recicláveis é preciso entender que este faz parte do aprendizado e só é possivel assimilar conhecimento testando todas as hipóteses que anteriormente foram imaginadas, inclusive o erro. O professor tradicionalista não encontra mais espaço no mundo atual , também é ainda precário a pesquisa nesta área envolvendo a matemática, não é facil trabalhar com temas que envolvam a sustentabilidade que o mundo requer. As outras ciencias já disponhando de pesquisas concretas ainda não fizeram um incremento entre as disciplinas, poderiamos partir da modelagem matematica chegando a algebra e geometria para que estas conseguissem auxiliar as pesquisas da matematica. A Sociedade Brasileira de Educação Matemática define competencia profissional do educador matemático como valores inspiradores da sociedade. Estes valores precisam inserir à compreensão do papel social da escola para adquir o dominio público necessário na atualidade. Dentre estes valores acreditamos que a reciclagem é parte fundamental neste contexto. O trabalho desenvolvido em aulas obteve frutos inspiradores, porque hoje dispomos de ex- alunos atuando com artes que utilizam o lixo como matéria prima em sua vida profissional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
AUSUBEL, David P. (1976) Psicologia
educativa: um ponto de vista. Tradução de Roberto Helier Domingues. México:
Editorial Trillas.
AUSUBEL,
David P., NOVAK, Joseph D. e HANESIAN, Helen (1980). Psicologia educacional. Tradução: Eva
Nick. Rio de Janeiro: Editora Interamericana Ltda.
BRITO, Márcia R. F> de., Garcia,
Vicente J. N. (2001). A Psicologia Cognitiva e Suas Aplicações à Educação, In.
BRITO M. R. F. ET AL. Psicologia da educação matemática: teoria e pesquisa. Florianópolis,
Santa Catarina: INSULAR
BRITO, Márcia R. F. de. Contribuições da Psicologia Educacional À
Educação Matemática. In: BRITO, M. R. F. ET AL. (2001). Psicologia da educação
matemática: teoria e pesquisa. Florianópolis, Santa Catarina: INSULAR
BICUDO, Maria Aparecida V. & Silva
Júnior, Celestino A. (org.). Formação
do Educador e Avaliação Educacional: Formação inicial e contínua. V. 2.
São Paulo: Editora UNESP, 1999.
VYGOTSKY, Levi S., Luria, Alexander
R., & Leontiev Alexis N. Linguagem,
desenvolvimento e Aprendizagem. São Paulo: Ícone. Ed. da Universidade de
São Paulo, 1988.
ZABALA,
Antoni. A prática educativa: como
ensinar. Trad. Ernani F. da F. Rosa. Porto Alegre: ArtMed, 1998.
Zeichner, Kenneth. A formação reflexiva de professores: idéias e práticas.
LOCONACO, José F. e WITTER, Geraldina
P. (1984). Psicologia da aprendizagem. São Paulo: EPU.
MADEIRA, Milton J. P. (1998).
Psicologia das Cognições x Psicologia Cognitiva. Cadernos de Psicologia, Vol.
(4), N(1), Pp. 77 – 81.
MEIRA, L. (1998). Psicologia da
educação matemática: a pesquisa em sala de aula. [Anais, impresso]. Palestra.
I: VI ENCONTRO NACIONAL DE EDUCAÇÃO MATEMATICA. São Leopoldo, Rio Grande do
Sul: Editora Universidade do vale do Rio dos Sinos.
NETO, S. Pfromm. (1987). Psicologia da
aprendizagem e do ensino, São Paulo: EPU, Editora da Universidade de São Paulo.
FREIRE, Paulo. Educação como pratica
da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, Ed. 11, 1980.
GASPARIN, João Luiz. Metodologia
histórica – critica: Processo Dialético de Construção do Conhecimento escolar.
DPM/EUM. 2006.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação: mito e
desafio. Uma perspectiva construtivista. Porto Alegre, Educação e Realidade,
1981.
Formação de Professores que Ensinam Matemáticos
– SBEM – periódicos, 112 dissertações e Teses publicadas (n.7 – 1995; Ano nove
nº 11ª Edição Especial de abril de 2002.)
CURSO
DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
ARTIGO
CIENTIFICO
Unidade
Pedagógica: Madalena – Recife – Pernambuco
Tutor:
Prof. Washington Santana
Estudante:
Edivan Roberto de Oliveira Batista
Recife:
10/10/2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário